É inverno, você acorda e logo abre a janela. O dia está nublado, cinzento e, em seguida, você pensa: "Que vontade de ficar em casa...". Isso dificilmente aconteceria naqueles dias em que ao espiar o lado de fora você visse um sol radiante. Nesse caso, sair, caminhar, correr, tomar chimarrão, jogar bola, levar o cachorro para passear são opções mais agradáveis, não? Até encarar um dia de trabalho parece mais fácil em um dia bonito.
E a Medicina comprova que os efeitos positivos do sol para o corpo e para a mente não são impressão, mas, fato. Os raios solares sobre a pele são indispensáveis para ativar a vitamina D sintetizada naturalmente pelo organismo. Entre outras coisas, essa substância facilita a absorção do cálcio e do fósforo no organismo, fortalece ossos e dentes, aumenta a força muscular, diminui o risco de diabetes tipo 1, melhora o equilíbrio e, ainda, ajuda a emagrecer.
E é bom levar a sério a necessidade de tomar sol. Médico reumatologista do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), Daniel Luís Zanchet alerta que 90% da vitamina D de nosso corpo é produzida graças à luz solar. Os outros 10% são encontrados em alimentos de origem animal, como peixes, gema do ovo e carne vermelha.
Além disso, a presença do sol pode evitar a depressão sazonal, comum no inverno, em época de chuvas constantes ou em países onde os dias são mais curtos em função da localização geográfica.
O sol influencia no ânimo, com certeza. Os países europeus, citados em estudos por ter alta taxa de suicídios, são os que o dia dura menos tempo diz a psicóloga Kátia Lopes.
Por isso, levando em conta certos cuidados, é considerado muito saudável o hábito dos gaúchos de lagartear ao sol durante o inverno. E este ano, em que a temporada fria veio acompanhada de muita chuva, não falta gente querendo sair de casa para "tirar o mofo do corpo" sempre que o sol brilha no céu. O autônomo Mateus Cacenot, 19 anos, é uma dessas pessoas. E ele sempre sai acompanhado da cadela Pita, que adora um solzinho:
A Pita não gosta de sair de casa em dia de chuva.
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"D" bem com a vida
Já nos referimos às vantagens da vitamina D, mas as consequências de sua ausência podem ser assustadoras. De acordo com o endocrinologista Marcos Troian, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, a deficiência pode piorar quadros de diabetes, além de estar relacionada a alguns tipos de câncer, como o de mama, o de colo do útero e de intestino. Segundo o médico, pesquisas recentes mostram que a maioria dos pacientes que tratam dessas doenças tinham índices baixos da vitamina. Troian ainda recomenda que usuários de medicamentos controlados, como antiepiléticos, monitorem os níveis da substância no corpo, por meio de exame de sangue. A eficácia do medicamento está relacionado à presença da vitamina D.
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E o reumatologista Daniel Luís Zanchet diz ainda que o sol pode ajudar pacientes com problemas cardiovasculares e reumatológicos. E o psicólogo Diego Gonçalo Moraes Gomes explica que há estudos na área da neuropsicologia que comprovam que o sol da manhã auxilia na produção da serotonina, hormônio que provoca a sensação de bem-estar e alivia sentimentos e sensações depressivas.
Porém, muitos brasileiros têm menos vitamina D no organismo que o recomendável. Por isso, o endocrinologista recomenda exposição solar diária de 20 minutos. No mínimo, os bra"
